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gEDA-pt: Quatões de Office
- To: gEDA-pt <geda-pt@seul.org>
- Subject: gEDA-pt: Quatões de Office
- From: Antonio A Todo Bom <antonio@projetos.etc.br>
- Date: Mon, 12 Aug 2002 09:37:54 -0300
- Delivered-To: archiver@seul.org
- Delivered-To: geda-pt-outgoing@seul.org
- Delivered-To: geda-pt@seul.org
- Delivery-Date: Mon, 12 Aug 2002 08:38:12 -0400
- Organization: Lax Eln Telco Ltda
- Reply-To: geda-pt@seul.org
- Sender: owner-geda-pt@seul.org
Estou encaminhado esta mensagem do grupo BabyTux.
Não tem nada de EDA, mas como estamos falando de usar Linux, eu lembro que todos os profissionais usam não apenas softwares EDA, mas também precisam ter como fazer as funções normais de um escritório.
Temos aqui um parecer bem crítico e interessante cassado pelo José Bogo Júnior.
O que eu pessoalmente posso dizer é que depois de um tempo sofrendo com as versões velhas de StarOffice 5.2 e tal, e um pouco de trabalho de adatação, mesmo quando em máquinas M$-Windows acabo usando o OpenOffice, por não me acostumar mais ao M$-Office.
Início de mensagem encaminhada:
Begin forwarded message:
Data: Mon, 12 Aug 2002 09:08:12 -0300
De: "Bogo" <jbogo@terra.com.br>
Para: "Antonio Augusto Todo Bom Neto" <antonio@projetos.etc.br>
Assunto: Notícia interessante
Será que o Open Office vai realmente substituir o MS Office?
Por Carlos E. Morimoto http://www.guiadohardware.net 09/08/2002
A coluna deste mês do John C. Dvorak na PC Magazine Americana trouxe vários
comentários
extremamente otimistas sobre o futuro do OpenOffice, chegando a dizer que a
"a única estratégia eficiente que vejo para a Microsoft é ir para o ataque e
passar a distribuir o Office gratuitamente":
http://www.pcmag.com/article2/0,4149,427069,00.asp
Bem, para mim não resta dúvidas que o OpenOffice vai continuar causando
muita dor de cabeça para a Microsoft, servindo cada vez mais como uma opção
viável ao Office, mas não creio que a médio prazo ele tenha condições de
realmente substituir o Office na maioria dos PCs, muito menos obrigar a
Microsoft a distribuir o Office de graça.
Eu uso o StarOffice desde a versão 5.1 e a partir do 5.2 bani
definitivamente o Office dos meus PCs. Atualmente estou decidindo entre
migrar para o Star Office 6.0 ou para o OpenOffice. As duas suítes são
essencialmente iguais, até mesmo o corretor ortográfico para Português do
Brasil no Open Office já está disponível, graças aos esforços do Ricardo
Ueda no br.ispell. O dicionário ainda não faz parte do pacote, mas você pode
instala-lo seguindo as instruções disponíveis no
http://www.openoffice.org.br/lang_ver.php. O StarOffice possui alguns
extras, como o suporte a mais formatos de arquivos, o banco de dados Adabas
e mais fontes pré instaladas. A escolha se baseia em se estes recursos valem
ou não os setenta dólares que custa o pacote :-).
A suíte oferece a maior parte dos recursos disponíveis no Office, o corretor
ortográfico é muito bom, temos um programa de desenho vetorial incluído que
quebra um galho para quem não tem ou não sabe usar o Corel e assim por
diante. Tem tudo o que você precisa para trabalhar, mas ainda existem alguns
problemas:
:. O suporte aos arquivos do Office é limitado. Além das macros, muitos
recursos de formatação avançados são perdidos.
:. O visual é muito feio! :-) E isso não tem uma solução fácil, pois
exigiria a troca a biblioteca gráfica usada. Tudo bem que depois de um tempo
você se acostuma, mas no começo é estranho.. '-)
:. Os menus são confusos, o que exige um certo esforço de adaptação para
quem vem do Office. O OpenOffice também não é tão intuitivo quanto ele.
:. Como o OpenOffice não se integra ao Windows, o tempo de carregamento dos
aplicativos é maior e o desempenho geral é inferior ao do Office. Isso
claro, também tem um ponto positivo, afinal, a instalação não vai substituir
metade das dlls do sistema, tornar a inicialização do sistema mais lenta nem
fazer meia dúzia de programas deixarem de funcionar...
:. O conversor para HTML não funciona tão bem como o do Office. Claro,
também existem vários pontos positivos:
:. Ele trava menos que o Office (em mais de um ano vi ele travar duas ou
três vezes, enquanto o Office 97 travava em média duas vezes por dia...)
:. Não custa quase um mês de salário...
:. O uso não dá direito de um fiscal da ABES vir revirar os micros da sua
empresa, nem exigir que você audite as licenças de uso sempre que der na
telha...
:. Roda tanto no Windows quanto no Linux (apesar do Office também rodar, com
a ajuda do Cross-Over Office)
:. O formato do arquivo das novas versões não é incompatível com as versões
anteriores...
O OpenOffice funciona muito bem, mas as deficiências ainda impedem que a
maior parte dos usuários migrem para ele, até por que entre os usuários
domésticos (sobretudo nos países de terceiro mundo) a pirataria anula o
problema do custo. O Office continua sendo a suíte de escritório default e a
tendência é que a massa de usuários use o que todo mundo usa.
O uso do OpenOffice vai crescer mais rápido entre as empresas, fazendo com
que parte dos usuários também acabe usando-o em casa, mas não vai ser uma
mudança tão rápida assim. Além disso, enquanto tiver um produto melhor, a
Microsoft terá a chance de baixar os preços das licenças do Office, para
digamos, 100 ou 200 dólares, o que colocaria o Office novamente numa faixa
de preços competitiva.
De qualquer forma, um concorrente forte obrigará a Microsoft a repensar
muitas das suas ações, o que em última análise será benéfico para os
usuários como um todo. Além do OpenOffice, a Microsoft está enfrentando
concorrentes fortes em praticamente todas as áreas. O Mozilla oferece
compatibilidade quase total com todas as páginas, é mais rápido e oferece
recursos inexistentes no IE, como o suporte a tabs, temas e opção de
bloquear janelas pop-up, um recurso que pode ser habilitado em Edit >
Preferences > Advanced > Scritps e Windows e que realmente funciona. Basta
desmarcar a opção e você está de volta ao controle...
Nos servidores o IIS continua perdendo espaço para o Apache e outras
soluções e cada vez mais fabricantes de handhelds demonstram protótipos de
produtos rodando o Linux. A partir do ano que vem teremos uma enxurrada de
lançamentos neste ramo.
A Microsoft não está conseguindo fazer alianças importantes em torno do
.Net. De fato, quase todas as empresas estão aderindo a alternativas
baseadas no Java, enquanto a Microsoft está sozinha. Isso reduz radicalmente
as chances de sucesso do .Net.
Mesmos nos desktops a Microsoft está perdendo terreno para o Linux, devido
principalmente ao aperfeiçoamento do KDE. Ele está incluindo tantas funções
que em breve um usuário iniciante não vai precisar lidar com nada além dele
ao utilizar o Linux, até mesmo para a configuração do Hardware. O restante
do sistema vai ser quase como o DOS no Windows 95, que só quem realmente
queria precisava utilizar. O Linux vai continuar sendo um sistema complexo,
mas os usuários terão a chance de esquecer de tudo isso e ficar apenas no
KDE.
Eu honestamente não acredito que o OpenOffice sozinho tenha chances de
derrubar o Office num futuro próximo, mas a soma de todas estas pressões vai
reduzir bastante a influência da Microsoft, e obriga-la a tornar-se mais
aberta e mais interessada em atender às necessidades dos usuários ao invés
de simplesmente manter suas margens de lucro. Existe uma luz no fim do túnel
afinal.
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José Bogo Junior
jbogo@terra.com.br
Linux User - 185674
"Seja Livre - Use Linux"
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Cumprimentos,
Best regards,
Antonio Augusto Todo Bom Neto
LAX Eletronica e Telecomunicacoes Ltda
gEDA-BR - Users Group - http://gedabr.projetos.etc.br